A subjetividade do artista na arte americana do pós-guerra: a Pop Art versus o Expressionismo Abstrato
Revista Ensaios Filosóficos
O presente artigo tem como objetivo abordar as principais divergências entre os expressionistas abstratos e os artistas pop do período pós-guerra americano no que concerne à subjetividade exposta em suas obras. A indagação central a ser respondida é: de que maneira o sujeito artista se faz presente –ou ausente- em sua produção artística? E quais são os elementos que nos permitem perceber suas características subjetivas ou antissubjetivas, tanto no processo de produção da obra quanto no produto final? As bases para tal estudo serão alicerçadas na constituição do sujeito e da subjetividade para a psicanálise freudiana, a qual perpassa as noções de consciente e inconsciente, e também em um exame dos métodos de produção utilizados pelos dois movimentos, dentre eles a serigrafia, os pontos ben-day e a action painting. Dentro desse contexto, seremos levados a investigar o automatismo decorrente desses processos e o seu papel distinto dentro de cada um. Dedicaremo-nos ainda à análise das obras de arte pertinentes à discussão para tornar possível a comparação entre a pop art e o expressionismo abstrato no que concerne à subjetividade dos artistas de ambos os movimentos.
Data de publicação: julho de 2020.