Filosofia
Publicações, Periódicos científicos e artigos da área de Filosofia.

A noção de liberdade na literatura abolicionista norte-americana

TxT Magazine

Tendo em vista a pertinência das discussões a respeito das minorias e da descolonização pela abolição, Isabela Simões Bueno traça um itinerário ponderando as concepções entre teóricos a respeito da condição do ex-escravo na sociedade estadunidense. Com uma exegese rigorosa e precisa, é realizada uma cartografia das tendências intelectuais fomentadas pelos autores, nos permitindo conhecer um tema que ainda nos é contemporâneo e de grande pertinência.

Data de publicação: março de 2019.

Fazer morrer, deixar viver: modos de operação do racismo da biopolítica à necropolítica.

Anais do VI Colóquio Nacional Michel Foucault - Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

Buscar-se-á desenvolver na presente comunicação a temática do racismo e sua forma de operar dentro de um contexto no qual se verifica a existência de uma biopolítica, e, posteriormente, de uma necropolítica; com enfoque no seu potencial de dividir e estigmatizar populações. Para isso, faz-se necessário identificar a atuação do racismo de Estado trabalhado por Michel Foucault no curso Em Defesa da Sociedade (2005) e de outras formas de racismo no cenário capitalista em dois momentos distintos: o primeiro englobando o período de atuação da biopolítica, e o segundo, a partir da segunda metade do século XX, em que verifica-se a insurgência do que Achille Mbembe (2003) chama de necropolítica. Destarte, o caminho a ser seguido inicia-se na explanação do conceito de biopolítica, enfatizando a necessidade verificada na fase de expansão do capitalismo em manter corpos vivos, dóceis e produtivos; seguida da análise do racismo de Estado tal qual pensado por Foucault como produtor de cisões e diferenças dentro do corpo social; a identificação das alterações de contexto do capitalismo como sistema econômico, pautada nas diferenças da fase expansionista e de consolidação para a fase de declínio e crise mundial; e, por fim, a consideração da necropolítica como possível forma de atualização, expansão e deslocamento do pensamento foucaultiano para as periferias do capitalismo na fase de crise do sistema, no qual o modo de operar da política passa a ser o “trabalho de morte”.

Data de publicação: setembro de 2019.

Notas preliminares sobre os estudos decoloniais e as epistemologias do Sul

Anais da Semana Acadêmica Dilemas Jurídicos: Homenagem ao Prof. Dr. Cleverson Leite Bastos – FESP/PR

Busca-se, com o presente trabalho, delinear algumas das principais categorias e definições mobilizadas para a construção dos estudos decoloniais, com base na produção teórica latino-americana. Torna-se, para tal, aos escritos de Aníbal Quijano (2005; 2007), Luciana Ballestrin (2013), María Lugones (2020) com o objetivo de explicitar de que modo a vertente latino-americana se estabelece no contexto das teorias pós-coloniais e decoloniais e formula alternativas à problemática da dominação epistemológica do pensamento eurocêntrico.

Data de publicação: dezembro de 2020.

O inimigo no espaço colonial e o discurso sobre raça como operador bionecropolítico.

Revista Kínesis (UNESP)

O presente artigo busca pensar, tomando como base as obras de Achille Mbembe (2018) e Grada Kilomba (2019), a construção da figura do “inimigo”, ou do “Outro”, a partir do advento do conceito de raça e das práticas de racismo no seio das sociedades colonialistas. Isso porque a lógica colonial, de acordo com os autores supracitados, não admite qualquer tipo de vínculo entre o conquistador e o nativo ou o escravizado que não seja a partir da negação, da exclusão e da violência exercida por aquele no corpo destes, de tal sorte que o espaço da colônia se converte em um grande laboratório bionecropolítico. Para compreendermos, portanto, a necessidade de hierarquização entre uns e outros –e da consequente inferiorização do Outro-, partiremos da proposição de Mbembe, em seu ensaio Necropolítica (2018), na qual o autor identifica o racismo como a “condição para aceitabilidade do fazer morrer”. Nesse sentido, a conversão daqueles considerados inferiores, com base em critérios construídos pelo discurso europeu sobre “raça”, em inimigos passou a atuar como forma de justificar o exercício do poder punitivo e do poder de morte sobre esses corpos. Por fim, à guisa de conclusão, tentamos ressaltar que o considerado passado colonial e escravocrata ainda se faz presente em nosso cotidiano e na maneira de fazer política na contemporaneidade, ao atentarmo-nos para os frequentes episódios de genocídio do povo negro ainda no século XXI.

Data de publicação: julho de 2020.

Necropolítica made in Brazil: exercício do poder de morte nas periferias do capitalismo através do racismo.

Cadernos PET-Filosofia (UFPR)

Buscar-se-á desenvolver no presente artigo a temática do racismo e sua forma de operar dentro de um contexto no qual se verifica a existência de uma biopolítica, e, posteriormente, de uma necropolítica; com enfoque no seu potencial de dividir e estigmatizar populações. Para isso, faz-se necessário identificar a atuação do racismo de Estado trabalhado por Michel Foucault no curso “Em Defesa da Sociedade” (2005) e de outras formas de racismo no cenário capitalista em dois momentos distintos: o primeiro englobando o período de atuação da biopolítica, e o segundo, em que verifica-se a insurgência do que o pensador camaronês Achille Mbembe (2003) chama de necropolítica. Destarte, o caminho a ser seguido inicia-se na explanação do conceito de biopolítica, enfatizando a necessidade verificada na fase de expansão do capitalismo em manter corpos vivos, dóceis e produtivos; seguida da análise do racismo de Estado tal qual pensado por Foucault como produtor de cisões e diferenças dentro do corpo social; a identificação das alterações de contexto do capitalismo como sistema econômico, pautada nas diferenças da fase expansionista e de consolidação para a fase de declínio e crise mundial; e, por fim, a consideração da necropolítica como possível forma de atualização, expansão e deslocamento do pensamento foucaultiano para as periferias do capitalismo na fase de crise do sistema, onde o modo de operar da política passa a ser o “trabalho de morte”.

Data de publicação: agosto de 2020.

A subjetividade do artista na arte americana do pós-guerra: a Pop Art versus o Expressionismo Abstrato

Revista Ensaios Filosóficos

O presente artigo tem como objetivo abordar as principais divergências entre os expressionistas abstratos e os artistas pop do período pós-guerra americano no que concerne à subjetividade exposta em suas obras. A indagação central a ser respondida é: de que maneira o sujeito artista se faz presente –ou ausente- em sua produção artística? E quais são os elementos que nos permitem perceber suas características subjetivas ou antissubjetivas, tanto no processo de produção da obra quanto no produto final? As bases para tal estudo serão alicerçadas na constituição do sujeito e da subjetividade para a psicanálise freudiana, a qual perpassa as noções de consciente e inconsciente, e também em um exame dos métodos de produção utilizados pelos dois movimentos, dentre eles a serigrafia, os pontos ben-day e a action painting. Dentro desse contexto, seremos levados a investigar o automatismo decorrente desses processos e o seu papel distinto dentro de cada um. Dedicaremo-nos ainda à análise das obras de arte pertinentes à discussão para tornar possível a comparação entre a pop art e o expressionismo abstrato no que concerne à subjetividade dos artistas de ambos os movimentos.

Data de publicação: julho de 2020.

Fazer viver, deixar morrer: modos de operação do racismo da biopolítica à necropolítica.

Rede Brasileira de Mulheres Filósofas.

A coluna “Em curso”, da Rede Brasileira de Mulheres Filósofas, divulga as pesquisas de pós-graduandas na filosofia para contribuir para a visibilidade das pesquisas de filósofas no Brasil.

Data de publicação: junho de 2020.